Passagem
Vouguinha
Passos firmes, rédeas apertadas
Verdes elos das terras caladas
Sobrepondo serras e florestas
Novos sonhos marcam a escalada
Ao tempo oriundo da morte das matas
Eretas no alento da nova baía
Cortadas ao vento da grande colônia
Nascendo nas costas dos morros
Ressurgindo olhar
Dia do final dos dias andados
Fuga da luta dos ouros cassados
Passados à espera da espreita
Ao longo do rio que estreita
Passagem
Do vale baixo das Minas Gerais
As facas entre os dentes, dentre as cintas
Buscando veios das rochas douradas
Seladas no ventre da terra
Bateias rodando a procura
Das pedras
Que brilham armas deste caçador
E velhas tontas que orando aos ares
Invocam proteção para seus lares
Imploram aos santos e cruzes
Que façam brotar muitas luzes
Nas trevas
Que envolve o vale sabarabuçu
Natais orados, honras das senhoras
Beatas, águas bentas em louvores
Cantatas nas noites de velas
E rezas descendo vielas
Mensagem
Fé criança em sabarabuçu
Uma esperança de romper os laços
Mantendo vivos os distantes traços
Soturna, brilhante, eterna
E hoje um retrato amarelo
Imagem
Dispersa de uma era que morreu
Choram tristes lágrimas marcadas
Lançam seus olhares às calçadas
Secas bicas, terras, as heranças
Soluçando restam as lembranças
Do tempo oriundo da morte das matas
Eretas no alento da nova baía
Cortadas ao vento da grande colônia
Nascendo nas costas dos morros
Olhares
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